Espionagem digital, estamos seguros?

Bom essa é uma pergunta interessante, para muitas pessoas a resposta é bem clara, não, não estamos seguros contra a espionagem digital. Mas mais importante do que saber que você não está seguro é saber porque, e contra o que exatamente você não está seguro.

Vamos fazer algumas considerações:

  • Nenhum sistema, de nenhum tipo, é totalmente seguro contra invasões ou quebras de regulamentos.
  • A espionagem em si consiste em adquirir informações por meio de observação de circunstâncias, ou linhas de comunicação, que a priori deveriam ser restritas somente aos envolvidos diretamente.

Todos que recorrem a espionagem tem um objetivo estratégico por trás desse artifício, e geralmente estão bem determinados a conseguir o que pretendem. Por mais seguro que qualquer sistema seja, qualquer que seja a arquitetura desse sistema, ele não será 100% livre de falhas de segurança, seja essa falha estrutural ou procedimental(pessoas), logo, por mais seguro que um sistema seja ele só conseguirá atrasar em maior ou menor quantidade de tempo a exploração de uma brecha.

Certo, não estamos seguros contra a espionagem digital e pressupõe-se que obter essa segurança seja impossível, mas e daí?

Espionagem digital

Saber que não estamos seguros, nos trás uma sensação esquisita, naturalmente desperta a preocupação, mas voltemos ao exercício clássico de lógica quando o assunto é o hack mal intencionado: “Afinal, Por que algum expert iria dedicar o tempo dele para obter dados sobre a minha vida?” – e continuando o raciocínio – “Esse motivo, para que alguém perca tempo me espionando, é suficientemente forte para que esse alguém não gaste esse mesmo tempo roubando um banco, ou fazendo qualquer outro tipo de invasão que poderia torná-lo mais rico?”

“Afinal, Por que algum expert iria dedicar o tempo dele
para obter dados sobre a minha vida?”

Pensando dessa forma, a menos que você seja presidente de um país, você tem mesmo que se preocupar tanto assim em ser espionado? Vale mesmo a pena que alguém gaste o tempo dele espionando você? E mesmo que você seja um presidente, convenhamos, não faz parte do jogo? Governar uma nação não vem com a necessidade implícita de adquirir informações sobre o panorama mundial e o desenvolvimento de ações dos outros governos? É o básico em estratégia e alguém que não é versado em um mínimo de estratégia não merece a presidência, e um povo que pense o contrário certamente merece um presidente estrategicamente deficiente.

Então sim, uma superpotência pode saber o que você anda publicando por aí, mas porque fariam isso?
Vemos notícias sobre medidas de prevenção do governo para a proteção contra a espionagem, e isso levanta muitas vertentes, primeiro é que quanto mais protegido é um cofre maior será a curiosidade dos criminosos para saber  o que ele guarda, o que será que há para se esconder para que se tema uma espionagem? Segundo, se a privacidade é um direito, não seria o momento de aprender a usá-la? Vemos notícias de proposição de bases locais para serviços como Twitter e Facebook, mas qual é a intenção de uma base local? Dados podem ser transportados com qualquer conexão a internet, não faz sentido a não ser que essas bases sejam auditadas e se forem auditadas a infração de privacidade acontecerá para todos que tenham seus dados nessas bases, ou seja, todos nós.

A falta de uma democracia que audite a internet de forma igualitária para todas as nações, e a própria natureza de liberdade do ideal da internet dificultam esse tipo de discussão e definições.

“(..) não faz sentido a não ser que essas bases sejam auditadas
e se forem auditadas a infração de privacidade
acontecerá para todos que tenham seus dados nessas bases,
ou seja, todos nós. (…)”

 O que sabemos, é que certamente não existe garantia de privacidade no mundo digital, mas se faz necessário sempre ponderar até que ponto a falta de privacidade é nociva ao cidadão comum, e até que ponto o uso de determinados serviços implica em uma ciência implícita de falta de privacidade?
Até que ponto, eu enquanto usuário de uma rede social, compreendo que parte da cultura de utilização de uma rede social é ter a ciência de que a privacidade é subjetiva, e o quanto nos dedicamos à manutenção dessa privacidade?

Portanto, ninguém está livre da espionagem digital, mas a forma como vivem suas vidas exclui a grande maioria das pessoas do grupo de alvos de interesse para alguém.

David Ohio

Começou a estudar elétrica aos 15, e depois não parou mais, sempre e envolvido com tecnologia em vários aspectos hoje seus principais interesses estão na IA (Inteligência Artificial) e segurança da informação, trabalhando também como desenvolvedor e com pentest dando consultoria em segurança da informação.

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