As eleições são momentos para discutir ideias para um Brasil melhor, mas neste ano muitas pessoas estão perdendo amizades por cauda disto. Uma usuária do Twitter resumiu a situação em um post que lhe rendeu mais de 17 mil curtidas: “Gente, quem perdeu família ou amigos por causa dessa eleição vamos combinar de passar o Natal juntos”.
A gerente de comunicação digital Glaucimara Silva deixou de seguir e de visualizar publicações de várias amigos no Facebook. Em casos mais graves, em que houve preconceito ou discurso de ódio, ela desfez a amizade na rede social. “As pessoas se revelam muito nesse momento”, diz. Ela acredita que, por estarem protegidas por um computador, “as pessoas se sentem mais à vontade para falar coisas que não falariam cara a cara”.
A assessora de imprensa Juliana Carvalho decidiu encerrar as contas nas redes sociais até o fim das eleições. “Estava virando um ringue para mim, eu via as pessoas extremamente irritadas e xingando umas às outras.”
Para o sociólogo e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) Marcello Barra, a proporção a que chegaram as discussão nas redes sociais nestas eleições é algo inédito. “No grau que assume é realmente uma coisa que aparentemente é inedita e tem correlação imediata com a disputa [eleitoral], uma disputa muito acirrada.”
Quando o assunto é política, o motorista Izaqueu Bueno, de 37 anos, nem entra em polêmica. “Eu ignoro porque tem outras coisas interessantes para fazer. Não gosto de me envolver”, conta. Ele defende que “cada um tem sua opinião” e, por isso, não gosta de bate-boca em redes sociais, porque as pessoas se expõe e, depois, “isso geralmente abala a amizade”. completa Bueno. (Com informações da Agencia Brasil)
E para você vale a pena discutir política no Facebook?
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