O delegado Fabiano Barbeiro, que solicitou a suspensão dos serviços do aplicativo Whatsapp no Brasil, no ano passado, diz que pode voltar a fazer o pedido junto ao Judiciário. Segundo ele, a empresa ainda não forneceu as informações sobre investigados que podem ter relações com o PCC, Primeiro Comando da Capital. Outra medida possível é a responsabilização criminal de representantes da empresa no país. E alguns advogados dizem que até o Facebook pode ser tirado do ar no Brasil.
Em entrevista à Rádio Câmara o delegado disse “Eu não consigo conceber o fato ou a alegação de que a empresa não tenha capacidade técnica de atender esse pedido, isso para mim é completamente improvável. O que eu acredito, sim, é que existem razões comerciais para que ela mantenha esta resistência.”.
Em julho do ano passado, a Polícia Civil pediu a quebra de sigilo de dados trocados via aplicativo, mas o Whatsapp não forneceu. Pouco tempo depois, a empresa foi novamente notificada e foi fixada multa, ainda assim sem resposta. O descumprimento levou o Ministério Público a requerer o bloqueio dos serviços pelo prazo de 48 horas.
Já o representante do aplicativo Whatsapp no Brasil justificou não ser possível obter as mensagens já que, para manter a segurança dos usuários, elas são criptografadas. A empresa também disse que não armazena as conversas em seu sistema. Mas o delegado discorda, ele argumenta que quando um usuário recebe uma mensagem e não a abre, ela fica armazenada no sistema – isso provaria que o WhatsApp possui dispositivos de armazenamento.
O delegado disse também que os representantes da empresa no Brasil também poderão ser responsabilizados criminalmente caso o WhatsApp não coopere, assim como aconteceu com o represente do Facebook que foi preso, além disso existe o risco do Facebook (dono do Whatsapp) ser punido e da rede social também ser bloqueada no Brasil.
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