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O dia em que empresas de TI virarão restaurantes

empresas de TI

Você sabe como é, chega o final de semana, você reúne a família e amigos próximos para uma boa refeição. Você tem basicamente três opções, você mesmo cozinha, ou encomenda comida rápida, ou vai a um restaurante.

No restaurante você encontrará grandes profissionais dedicados produzindo comida de grande qualidade e cobrando um valor compatível (pelo menos é o que se espera), mas você muito provavelmente, sabe cozinhar.

Isso também não significa que você cozinhe bem, pode ser que sim, mas na maioria dos casos não cozinha melhor do que o chefe do restaurante.

Ainda assim, é o seu objetivo de vida, cozinhar melhor que um chefe? Ou seria apenas sanar a fome, ou servir uma refeição para uma ocasião?

E se o objetivo for ainda mais modesto, se for só matar a fome, sem maior sofisticação, hoje em dia você tem uma série de opções rápidas desde macarrão instantâneo, a lanches e praticamente tudo é instantâneo. E aplicativos, para encomendar comida pronta, é bem mais barato do que sair de casa e ir ao grande restaurante, comer a comida feita pelo grande chefe.

Não estamos dizendo que a comida do grande chefe é ruim, ou uma opção a ser evitada, mas todos sabemos como são as coisas, você nem sempre está disposto a ir até o restaurante, ou nem sempre tem o dinheiro para pagar pelo prato mais super elaborado, e opta muitas vezes pelo mais rápido e barato.

Não estamos entrando aqui, no mérito da melhor prática, do mais saudável e do que é preferível, mas apenas relatando o que todos sabemos, sobre como as coisas já são.

Certo, sei como funciona a dinâmica da alimentação e dos restaurantes, mas o que isso tem a ver com empresas de TI?

Começo dizendo que, se você não conhece alguém que seja um desenvolvedor, quase certamente conhece alguém, nem que seja apenas uma pessoa, que já teve contato com linguagens de programação. Nos últimos tempos existe uma campanha, um consenso a nível mundial, da importância de saber programar. A competência da programação recebe cada vez mais, grandes incentivos de governos e empresas em todo o mundo.

E assim como canais onde você aprende a fazer receitas, não faltam opções para aprender a programar, como o Live Coding onde a qualquer hora do dia, é possível assistir alguém programando online e ensinando a fazer alguma coisa. Você pode escolher quais linguagens de programação mais te interessam e pode até receber e-mails com dicas de vídeos a respeito disso. É como uma aula gratuita e online, você pode conversar com esses programadores, perguntar, sugerir, e aprender muito.

Em sites como o CodinGame é possível competir em um ambiente com temática de jogos, com outros jogadores/programadores. Onde você pontua resolvendo problemas de programação em diferentes modalidades vencendo quem resolver mais rapidamente ou da forma mais eficiente.

A Microsoft através do Microsoft Virtual Academy também está ensinando gratuitamente a programar focando no desenvolvimento de produtos voltados para Windows.

O Code.org é um site focado em ensinar a importância de programar para crianças com materiais relacionados a filmes e jogos. E além destes você encontrará vários outros: Coursera, CodeAcademy, Code Avengers, Khan Academy, EdX.

E tem mais, muito mais, basta fazer uma pesquisa, no seu mecanismo de busca predileto por “aprender a programar” e pronto, não faltarão opções. E várias escolas já estão cogitando, e algumas de fato já incluíram, programação como uma parte do currículo escolar.

Querendo ou não, gostando ou não, concordando ou não. Essa já é uma realidade, não demorará a chegar o dia em que a maioria das pessoas saberá programar, de alguma forma, em alguma plataforma, quer seja com pedaços prontos para um “desenvolvimento instantâneo” quer seja um desenvolvimento mais elaborado. As próprias linguagens de programação, evoluem para ter um alto nível, e facilitar muito o desenvolvimento.

Todos saberão programar? Provavelmente não, assim como nem todos sabem cozinhar.
Mas quando estes dias chegarem, todos vão querer pagar valores altos para comprar softwares pesados, com o custo de grandes estruturas corporativas, quando eles mesmos poderiam criar o software de que precisam para resolver um problema simples? Não.
Assim como muitos não vão a um restaurante, quando buscam apenas uma refeição rápida.
A tendência é clara, caberá as pessoas e as empresas encontrarem seus caminhos e seu posicionamento ao longo desses dias, mas eles virão e estão mais próximos do que a maioria de nós imagina.

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