Um em cada cinco jovens são vítimas de cyber-bullying, especialistas advertem que o cyber-bullying podem provocar danos piores que outras formas mais tradicionais de bullying.
E-mails com xingamentos, textos e imagens humilhantes postadas em sites de redes sociais são duas vezes mais destinados para meninas do que para meninos, de acordo com pesquisa realizada por Universidade Anglia Ruskin (ARU), o estudo entrevistou 500 adolescentes com idades entre 11 e 19 anos.
O cyber-bullying se torna mais devastador, porque as vitimas se sentem incapazes de escapar de ameaças on-line. As identidades ocultas dos agressores, bem como a capacidade das mensagens e imagens se tornarem “viral” em poucos minutos, amplifica a ameaça, disse Steve Walker, co-autor do estudo.
Entre os entrevistados, 18,4% (quase um quinto) admitiu ter sofrido bullying pela internet ou pelo celular, com fotos e mensagens passadas entre conhecidos.
Das 273 garotas ouvidas, 22% (60) disseram que haviam tido problemas com bullying, enquanto 13,5% dos 200 meninos (27) admitiram o problema.
A situação se mostrou mais complicada quando os pesquisadores perguntaram quantos já haviam presenciado cyber-bullying ou conheciam uma vítima. As respostas aumentaram para 66% (dois terços).
“Campanhas anti-bullying e profissionais que trabalham com jovens precisam ser mais inteligente e mais em sintonia com a tecnologia para que eles possam buscá-los, porque cyber-bullying representa um grave problema de saúde pública”. Diz Walker
Mais de 30% dos jovens que passaram por cyber-bullying disseram que sua confiança havia sido “muito abalada” e 52% disseram que isso havia afetado sua saúde mental e emocional. Cerca de 29% chegaram a faltar na escola e 39% simplesmente pararam de participar de atividades na escola.
Para os pesquisadores, o mais grave é que apenas 45% dos jovens afirmaram que procurariam ajuda para lidar com as consequências de bullying. Dos que pediram ajuda, a maioria procurou os pais e os amigos.
Dica :
Caso se sinta ofendido com alguma publicação na internet, é importante, antes de tudo, preservar o maior número de provas que conseguir. Imprimir e salvar o conteúdo das páginas ou “o diálogo” do(s) suspeito(s) numa sala de bate-papo, por exemplo, ajuda como fonte de informação para a investigação da polícia. Mas infelizmente não vale como prova em juízo, pois carece de fé pública. Uma alternativa para registrar provas que estejam on-line é recorrer a um cartório e fazer uma declaração de fé pública de que o crime em questão existiu, ou lavrar uma Ata Notarial do conteúdo ilegal/ofensivo. Isso é necessário porque, como a internet é muito dinâmica, as informações podem ser tiradas do ar ou removidas para outro endereço a qualquer momento.
A despeito da ação penal, pode o cidadão que se sentir lesado em seus direitos notificar diretamente o prestador do serviço de conteúdo para que remova o conteúdo ilegal e/ou ofensivo de seus servidores e preserve todas as provas da materialidade e os indícios de autoria do bullying.
Algumas atitudes podem fazer a diferença e ajudar na prevenção contra grandes transtornos como não autorizar estranhos no seu Facebook e nunca revida às agressões.Fazer justiça com o próprio mouse não é tão eficaz quanto parece!
Atenção Pais :
É muito importante que os pais consigam detectar se seus filhos podem ser vítimas ou até mesmo praticantes de cyberbullying, para evitar a reincidência desse tipo de comportamento ou auxiliar o adolescente a lidar com a situação. Monitore o acesso que seus filhos fazem na internet mantendo, por exemplo, o computador em um local da casa de grande circulação.
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