Tag: Impressoras 3D

  • KFC vai fazer carne impressa em impressora 3D

    KFC vai fazer carne impressa em impressora 3D

    A KFC está trabalhando com uma empresa russa de bioimpressão 3D para criar nuggets de frango produzidos em laboratório. A gigante do fast food anunciou seu ‘conceito de carne do futuro’ e planeja ter um produto pronto para teste até o final deste ano.

    Em um comunicado a empresa afirmou  “A KFC está dando o próximo passo em seu conceito inovador de criar um“ restaurante do futuro ”, lançando o desenvolvimento da inovadora tecnologia de bioprinting 3D para criar carne de frango em cooperação com o laboratório de pesquisa 3D Bioprinting Solutions.”

    O KFC disse que está conseguindo recriar a textura e gostos semelhantes ao de carne de frango convencional sem o sacrifício de animais. O processo, contudo, envolve usar células de frango conjunta a de plantas para a reprodução do nugget. Assim, a companhia não posiciona o produto como vegetariano, mas apenas “sem sacrifício animal”. 

    A ideia de elaborar a “ carne do futuro ” surgiu entre os parceiros da empresa em resposta à crescente popularidade de um estilo de vida e nutrição mais saudáveis, ao aumento anual da demanda por alternativas à carne tradicional e à necessidade de desenvolver métodos mais adequados para o meio ambiente, sem sacrificar animais.

    O processo de fabricação dessa carne envolve usar células de frango (sem sacrificar o animal) e com plantas, que são transformados em um aglomerado, virando uma pasta.

    Depois essa pasta é transformadas em fina folhas de “carne” e depois transformadas em pedaços de carnes e nuggets. Mas evidentemente o produto não será vegetariano e sim “sem sacrifício animal”.

    O projeto da KFC visa recriar a textura exata de verdadeiros nuggets de frango e adicionará suas especiarias exclusivas.

    “No futuro, o desenvolvimento rápido de tais tecnologias nos permitirão fazer carne impressa em 3D muito mais acessível e esperamos que a tecnologia criada nesta cooperação com o KFC possa acelerar o lançamento de carne baseada em células animais”, explica Yusef Khesuani, cofundador da 3D Bioprinting Solutions.”

    O KFC já vem trabalhando em carnes alternativas, ano passado a empresa testou produtos de frango à base de plantas, oferecidos pela empresa Beyond Meat. Os testes nas cidades americanas de Nashville, Atlanta e Charlotte foram bem sucedidos e o KFC vai oferecer agora o produto em mais 50 restaurantes.

    Esse ano, em fevereiro a KFC alcançou a marca de um milhão de hambúrgueres à base de vegetais comercializados no Reino Unido desde que a opção foi lançada no dia 2 de janeiro. De acordo com a rede, a cada três segundos um cliente pede por um hambúrguer vegetal em uma de suas 900 unidades no Reino Unido. O produto se tornou atrativo principalmente para pessoas que ainda consomem carne.

    O hambúrguer foi desenvolvido junto com a Quorn, criando uma carne à base de micoproteína de um tipo de fungo.

    Segundo pesquisas apresentadas pelo KFC, a produção a base de plantas ajuda a diminuir o gasto de energia e claro de terras para produção de frango, segundo estudo da American Environmental Science & Technology Journal, a carne vegetal gasta a metade da energia para ser produzida e consome 100 vezes menos terras para produção.

  • Impressoras 3D criam partes de órgãos para implantes

    Impressoras 3D criam partes de órgãos para implantes

    Quando as impressoras 3D foram criadas, seu principal uso era fabricar peças para a indústria automobilística, que se aproveitou da possibilidade de rapidamente produzir protótipos e testá-los antes de criar todas as ferramentas para a linha de produção. Desde então, armas, chocolate, canetas, brinquedos, roupas espaciais já saíram de dentro do equipamento. E agora as impressoras 3D podem salvar vidas e acabar com filas de transplantes.

    Plásticos e metais estão sendo agora utilizados para criar: réplicas personalizadas de órgãos ou partes do esqueleto que permitem o planejamento preciso de cirurgias; guias cirúrgicas que indicam lugar de cortes e inserções; implantes que substituem ossos ou corrigem problemas de formação de órgãos; e próteses para membros mutilados.

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    suyoshi Takado, professor da faculdade de medicina da universidade de Tóquio, mostra uma orelha artificial feita de ácido poliláctico e desenhado por uma impressora 3D em seu laboratório em Tóquio

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    O princípio da impressora 3D é o mesmo da convencional. No lugar de tinta, cientistas introduzem no aparelho pó, gel ou filamento de metal ou de plástico, que, no lugar de letras, imprime camada por camada peças tridimensionais como dedos, crânios ou dentes.

    O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês) lançou em junho um site dedicado ao compartilhamento de arquivos para impressão em 3D, relacionados à saúde e à ciência, como peças de laboratório e modelos anatômicos humanos.

    O País de Gales, realizou uma das mais complexas operações para reconstituir a face de um paciente, vítima de um acidente de moto, em 2012. O objetivo era restaurar a simetria do rosto do britânico Stephen Power, que fraturou ossos da face, mandíbula superior, nariz e crânio.

    A cirurgia utilizou a tecnologia 3D em diversos momentos. A primeira parte foi o planejamento, feito no computador e em moldes impressos. “Durante a operação, só é possível ver um lado da face”, explica Peter Evans, especialista em próteses maxilofaciais e um dos fundadores do Cartis. “Fica difícil manter a orientação.”

    Os cientistas imprimiram dois implantes de titânio: um para a base da órbita ocular e outro para uma placa que uniu pedaços de ossos quebrados. “Foi a primeira vez que utilizamos todos esses procedimentos na mesma operação”, conta Evans. Para o pesquisador, o uso de implantes feitos em impressoras 3D está começando a se tornar mais comum.

    Para o futuro, a grande promessa são órgãos humanos impressos em 3D. Células do próprio paciente — de preferência as de fácil acesso, como da pele — seriam cultivadas em laboratório e introduzidas na impressora, que produziria partes do corpo como rim, pâncreas e fígado. O órgão passaria um tempo em uma espécie de incubadora, para maturar, e poderia, enfim, ser implantado no paciente.

    Pode parecer ficção, mas as pesquisas já começaram.? O Instituto de Medicina Regenerativa da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, um dos mais avançados na área de bioimpressão (impressão feita diretamente com células), desenvolveu o protótipo de um rim impresso com células e um biomaterial próprio para fixá-las, e a Organovo, primeira empresa a fabricar bioimpressoras, já imprimiu protótipos de tecido do fígado que reproduzem a composição e arquitetura naturais. Quem sabe assim as filas esperando doadores de órgãos não acaba e mais vidas poderão ser salvas.