A nova pesquisa realiza pela Ernst & Young mostra que 55% das empresas consultadas pretendem aumentar os investimentos em novas tecnologias de segurança neste ano e 47% pretendem aumentar o orçamento voltado para continuidade de negócios e recuperação de desastres.
Entre os principais impulsos para este crescimento estão recentes exemplos de ataques sofridos por grandes companhias, que mostram a vulnerabilidade de algumas redes corporativas.
Sean Sullivan, especialista em segurança da F-Secure, afirma que, com as últimas violações que ocorreram, as empresas estão percebendo que precisam de várias camadas de segurança.
“Atualizações de software, antivírus e firewalls são apenas o começo. As equipes de segurança também precisam monitorar proativamente o problema. Existem atualmente muitas abordagens novas no mercado”, afirma Sullivan, que trabalha nos laboratórios da F-Secure na Finlândia.
“Ter antivírus não é suficiente. É preciso mais camadas”, diz André Carrareto, estrategista em segurança da Symantec.
Segundo ele, a próxima onda é a proteção dos dispositivos móveis, algo que ainda “engatinha” no Brasil.
Segundo Sullivan, além de investir em tecnologia é preciso lembrar também que uma das principais vulnerabilidades de grandes empresas como Facebook são os próprios funcionários. “Elas sempre estarão vulneráveis por causa das pessoas. Eles são o elo mais fraco”, diz.
Falhas graves dos usuários
“O vazamento não intencional acontece com frequência muito grande”, afirma. Atitudes consideradas inofensivas como gravar informações confidenciais em pen-drives ou enviar conteúdos para o email pessoal podem abrir portas para ataques. De acordo com a pesquisa a preocupação com a educação do usuário nas empresas está aumentando.
Brasil
O Brasil tem ocupado posições de destaque nos rankings de ataques cibernéticos. Em dezembro o país alcançou a terceira colocação no ranking dos países com o maior número de empresas atacadas por hackers do mundo, de acordo com um relatório de dezembro feito pela RSA.
O país foi responsável por 5% do volume global, ao lado de Austrália, Índia e Canadá, enquanto Estados Unidos e Reino Unido lideraram a lista, respectivamente, o phishing é hoje a principal maneira utilizada por hackers para invasão de dados corporativos e pessoais.
Fonte : Information Week